Análise Enslaved:Odissey to the West
by Luiz HenriqueGênero:Ação/Aventura Plataformas:Xbox360/Ps3
Lançado: 5 de outubro de 2010
Produtora:Ninja Theory
O game que aparece hoje na análise é o Enslaved:Odissey to the West, um game produzido pela Ninja Theory, mesma empresa que neste exato momento está trabalhando no reboot da série Devil May Cry. Não é o game mais novo do mundo, mas depois de tudo que passei para zerar, ele está merecendo um espaço entre outros grandes games.
Enslaved usa como plano de fundo para a história o mito chinês Jornada para o Oeste, que por um acaso inspirou também o anime Dragon Ball. Durante o game podemos encontrar algumas muitas semelhanças entre o anime.
Mas apesar das semelhanças o game tem um enredo próprio que é muito bom e cativante. Na primeira cena do game nos deparamos com Monkey e Trip aprisionados em uma nave. Trip consegue escapar, mas por estar muito desesperada nem pensa em soltar Monkey que neste início do game é um mero desconhecido. Monkey consegue escapar e acaba pegando uma carona do lado de fora na nave de Trip. Mas como era de se esperar andar em uma nave pelo lado de fora não é a coisa mais segura e durante o pouso Monkey cai e acaba desmaiando. Trip aproveita que ele está inconsciente e coloca nele uma coroa que o faz ser seu escravo. Apesar de Monkey não gostar nada disso ele tem que obedecer, pois a coroa o fará ter um colapso cerebral se Trip morrer. Trip só quer que Monkey a leve em segurança para casa a protegendo dos Mechs (robôs que estão controlando o mundo), e depois disso o libertará.
Enredo inicial é bem clichê, de cara iremos nos deparar com um mundo dominado por robôs que vem matando e escravizando humanos. Bem parecido com Exterminador do Futuro. Mas com o tempo Enslaved consegue evoluir. A partir do terceiro capítulo podemos ver que a parceria entre Monkey e Trip é essencial para a sobrevivência de ambos, e isso acaba tornando o game muito cativante. Os dois personagens são ótimos, bem Hollywoodianos e muito bem interpretados. Bem o caso “Bela e a fera”, Monkey é um brutamontes que se meche como um macaco e Trip é uma garota frágil e inteligente. Que acaba sendo uma mistura que é terrível para os Mechs.
Para contribuir para essa história ser o mais cativante possível nos temos uma das mais belas ambientações da sétima geração. Com as cidades devastadas sem nenhum humano a vegetação começou a tomar conta do lugar. É bem um aviso do tipo “Nós humanos estamos acabando com o Mundo”. Mensagens desse tipo o game deixa no ar várias vezes e uma delas é quando Monkey vê uma TV 3D no chão e pergunta para Trip o que era, e ela responde “É tecnologia antiga e inútil”. Essas referências assim são bem legais, os produtores conseguem se expressar através da obra que fizeram.
Mais um ponto forte do game é a jogabilidade. Na verdade no início a maioria das pessoas que jogar vai achar que o game conta com uma jogabilidade perfeita para crianças, não para gamers de verdade. Pois nas escaladas é impossível errar o lugar de subir, não existe aquela liberdade para poder se jogar no buraco.
Monkey não pula para lugares que poderiam ocasionar sua mor te. Então as escaladas são só apertar o direcional e o botão de pulo, nada de improviso. Mas isso pode ser explicado muito facilmente, porque as escalada muitas vezes acontecem enquanto tudo está desmoronando ou pegando fogo. Então isso aumentaria muito a dificuldade do game, tornando o mesmo até chato.
Os combates evoluem junto com o enredo. Quando se começa a aparecer novos mechs que podem atirar ou dar socos incrivelmente fortes o combate começa a evoluir a um nível muito alto e divertido. As animações em meio ao combate são muito boas, dependendo dos mechs é possível usar um golpe especial que libera uma animação onde Monkey usa toda sua brutalidade.
Um dos pontos fracos do game é a sua duração. São cerca de 10hrs bem cativantes, mas por fim muito curtas. O game não tem nenhuma missão secundária então depois de zerar só nos resta jogar o game de novo em outra dificuldade.
Infelizmente o ponto mais forte do game eu não posso contar. Pois se trata do final que é espetacular e bem surpreendente e que abre um leque imenso de opções para um segundo game.
Vale ou não vale à pena?
Vale amigo. Atualmente temos poucas oportunidades de ver uma nova franquia fazer história, só ficam empurrando para nós Reboots e continuações. E quando vem algo novo é bem surpreendente.
Nota 89/100