Vai um Reboot aí ?

Vai um Reboot aí ?
Luiz Henrique

Reboot é o um termo bastante utilizado hoje em dia. Não só por conta da área da informática, mas sim na área de entretenimento. Pra quem não sabe, fazer um reboot é reiniciar tudo. Isso mesmo, tava dando tudo errado então vamos fazer tudo de novo. Um exemplo bastante conhecido de reboot são as HQs. Quase sempre quando eles matam um super-herói algum tempo depois já vem o reboot. Eu mesmo já perdi a conta de quantas vezes o Homem Aranha morreu. Eu acho que ele já tem até convenio com o necrotério, porque a cada vinte edições ele vai acabar parando lá de novo. 

Só que o reboot não é só usado quando algum personagem morre, quando, por exemplo, um filme manda muito mal na crítica, lá vem reboot. É a mesma coisa que aconteceu com a adaptação do Homem Aranha (O rei do Reboot?) para o cinema. Dois primeiro filmes muito bons e um terceiro bem aquém das expectativas do público e dos críticos. A produtora ao invés de tentar concertar tudo em um quarto filme resolveu dar reboot na série. Contratando novos atores e um novo diretor, tentando se aproximar mais o da realidade das HQs com um toque mais sombrio e humano. O resultado disso só veremos em 2012 quando o filme sair. 

Mais aproveitando os reboots que já foram feitos vai aí o exemplo mais bem sucedido. Batman Begins e Cavaleiro das Trevas. Fazer o reboot da série pode trazer algo totalmente incerto, mas como vimos nesses dois títulos do Morcego o reboot foi uma benção. Conseguiram fazer o filme com uma atmosfera mais sombria e adulta, com um roteiro genial que força a quem esta assistindo a usar a maça cinzenta. Coisa que os filmes dos anos 90 não conseguiram. Na verdade eles passaram muito longe de ser Batman, eram ridiculamente ridículos, trama sem graça, ator sem graça, vilão sem graça e Jim Carrey como Charada. Aí realmente merecia reboot.

E também há os exemplos de reboots que não deram muito certo como: O incrível Hulk, que sofreu reboot em um período muito curto de tempo para poder se encaixar no filme dos vingadores.

Na área dos games estamos começando a vivenciar isso. Séries grandes já declararam o reboot, mais especificamente Devil May Cry e Tomb Raider. No caso de Tomb Raider a séria realmente precisava. Já estava maçante ver Lara Croft atrás de tesouros e peças míticas, dando saltos inimagináveis até pra ginastas do mais alto nível, se mostrando a parente mais próximo de Chuck Norris. Praticamente uma mulher blindada que não demonstrava nem um pingo de medo ou qualquer outro sentimento em frente ao perigo. Tudo isso com o tempo começou a desgastar a série, a tal ponto de nem os produtores saberem por onde levar a história. Então resolveram rebootar a séria trazendo uma Lara Croft que se machuca, muito mais humana e que demonstra medo e outros sentimentos. Parece bem promissor, quem quiser assistir o trailer é só Clicar Aqui.

Já Deveil may cry o negócio é aumentar o lucro, levar o game não só para os fãs e sim para todos. O mundo é capitalista então que se danem os fãs nós vamos mudar tudo, por o Dante com um cabelo de boiola e uma história nova. É assim que a indústria pensa amigo, já devíamos ter nos acostumado. E esse golpe de marketing realmente está dando certo, nunca vi a série ser tão falada quanto atualmente. Por mais que o visual apresentado nesse novo game seja um tanto quanto desagradável o visual antigo era um tanto quanto mentiroso. O resultado só veremos após lançamento, mais muita gente vai comprar só para conferir qual é a desse novo Dante.  Assistir os Trailers Clique Aqui.

Talvez possa ser até uma covardia se entregar a mesmice, aquela fórmula que sempre da certo, mas que com o tempo vai se desgastando. Persistir no erro é burrice e a indústria sabe disso, por isso buscam novos caminhos para manter seus personagens vivos, nem que pra isso tenha que começar tudo de novo, mudando a raiz dando um novo traçado a história. Mais com isso cada vez menos está surgindo personagens e séries novas, porque estão preocupados apenas com seu legado lucrativo e não criativo.

Nas HQs faz algum tempo que não surge nenhum personagem expressivo, acabam sempre em segundo plano no meio de tantos personagens que já tiveram sua história contada várias e várias vezes.

Basta a nós saber medir o que é abusar de nossa inteligência e o que é realmente necessário. Não precisamos comprar cada nova morte do Homem Aranha, ou engolir golpes que de publicidade que no fim não são interessantes para nós consumidores. Nós movemos a indústria, temos o maior poder do mundo na mão e não usamos por falta de tentar.

O reboot pode ser uma benção ou maldição. E quem define isso somos nós.

Twitter @Lhenrique002

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